A Culpa


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Cansado.

Sabe do que eu estou cansado? De tanta cobrança. É horrível, me persegue até os ossos. De todos os lados vejo dedos apontados para mim, vejo pessoas gritando o meu nome, e sinto na pele a terrível angústia da impotência.

Sei que sou meio desligado. Datas, compromissos e similares não são o meu forte. Não, eu não quero ser assim, mas assumo essa minha peculiaridade. O que então devo eu fazer com tantos dedos, gritos, pedidos e desejos que a mim chamam, me deixando trêmulo, fraco e triste de não poder assistir a todos?

Se porventura eu decidir o meu desejo frustro alguns, ou no mínimo serei considerado inconstante. Quero algo hoje, amanhã posso não mais querer, mas se já tiver dado a minha palavra, serei obrigado a fazê-lo.

Então me considero um bosta. Não por minha culpa, mas pelo que já cansei de ouvir. Existe culpa se sei lá que diabos eu tenho que as pessoas me chamam? Não é um momento de ego inflado, bem longe disso na verdade, uma vez que me gera enorme frustração, mas de perceber que os outros se agradam de minha presença, e esse é o meu algoz. Meu fim.

Uma virtude. Um defeito. Uma incapacidade.

O que farei com os chamados e as cobranças? Devo ficar me sentindo mal porque eu não consigo arranjar tempo para todos? Devo me sentir um bosta porque as pessoas falam que eu as abandonei ou sumi? Devo ficar parado alisando a cabeça alheia quando me xingam e falam um monte de bosta devido não me possuírem (entendo que as vezes o fato de ter saudade e não ser correspondido nos faz falar mal das pessoas que gostamos, mas é uma BOSTA ser o cara de quem se está falando mal).

Eu já tenho meus problemas com namoro devido a todo aquele ciúme que rola, aquela posse... bleh... Só falta meus amigos fazerem isso também.

Não peço para que fiquem felizes da vida por que eu sou meio assim. Só quero um pouco da compreensão que tantas vezes eu tento dar. Simples, mas assumo que talvez, difícil.

Então um pedido de desculpas e um pedido de compreensão.

Um abraço.

-Vini

"Odeio quem me rouba a solidão sem oferecer-me verdadeiramente companhia"
- Nietzsche in "Quando Nietzschee chorou" (Não foi o próprio Nietzsche que escreveu, obviamente)


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Eu

  • Um sujeito simples. Composto por vários apostos. Único.
  • Qualquer que seja a sua visão sobre mim não reflete na verdade quem eu sou. Será apenas mais um ponto de vista.

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