A poesia do mundo ainda me encanta. Como tudo se encaixa, como tudo é tão cheio de simbolos e valores, para quem se permite olhar. Não nego as atrocidades e desgraças, mas, ainda nessas, é possível encontrar o amor. Não quero, nem preciso compreender o universo, apenas tento dançar com a música una que ela compõe initerruptamente, ainda que não consigamos ouvi-la.
No fim do ano passado, cerca de uma semana
atrás, na companhia do Vitão, do Tôca e do Rafous, uma mulher nos aparece com o "Jornal da Poesia". Comprei e dei para o Vitão como presente. Este, ao olhar de relance o jornal, percebera uma imagem interessante: um trevo de quatro folhas com as letras A-M-O-R em cada uma das folhas. O amor é incomum, raro, e quando se acha, é de fato, uma preciosidade. O trevo, é tão raro que é quase uma anomalia.

Voltando do meu almoço, hoje, 15 minutos atrás, observo um canteiro cheio de trevos, e, para minha surpresa, quase todos de quatro folhas! dezenas e dezenas de trevos que estavam calmamente descansando ao lado de uma árvore.
Se for assim, encontrei muito, mas muito amor. E ele estava ali, ao lado de uma árvore, convidando os olhos que quisessem ver.