Apenas mais um diálogo


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- Não, pensando bem, não.

- Eu entendo

- Você sempre entende

- Não que eu queira, mas eu entendo. Caso você dissesse ‘sim’, ia complicar. Bastante.

- Obrigada - Beijou-me a testa.

- E eu acho que você realmente tem que aproveitar o momento, curtir a liberdade... não quero ser aquele saco de areia que vai preencher o vazio recém-cavado, tampouco quero aprisionar-te. Você precisa deste espaço e eu juro que quero dar-lhe, e eu também preciso, pra respirar melhor. Só acho que eu anseio demais a sua respiração mais perto.

- Amor... Você sabe o carinho que sinto...

-... mas sei o carinho que não tenho

Ela sorriu. Eu continuei a falar.

- Eu tenho a impressão que nesse momento difícil, eu tento, ao máximo me aproximar, estar presente, no entanto, se faço isso, eu te sufoco; se te deixo livre, ficas com medo do escuro. É a máxima onde silencio é tudo que anseias, ainda assim, o aquilo que mais assombra.

- Não é minha intenção parecer inconstante ou coisa assim, mas eu estou tão confusa, é tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo que... por favor, entenda...

- Não se preocupe, eu sempre entendo.

Em seu olhar havia um misto de gratidão e dó, e aquilo me dava vontade de chorar.

- Quase chorei ontem. – Disse-lhe

- Sério? – Espantou-se – Mas porquê? Faz tanto tempo, não?

- Faz. Acho que quase cinco anos agora. Pensei em você. Parecia que haviam me atirado no peito, sentia uma imensa falta de ar, aquele peso insuportável, invisível, como aquele teatro que você mudou de idéia e não quis ir. Parecia que meu peito ia explodir.

- Deve ter sido efeito do cigarro – disse ela sorrindo

- Talvez, mas só se considerarmos que você é a nicotina então.

- Bobão.

- Eu sei.

Sorrimos.

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Diálogo elaborado após uma tarde agradabilíssima com a Srta. Palominha, que, de alguma forma, eu duvido que leia isto.


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Eu

  • Um sujeito simples. Composto por vários apostos. Único.
  • Qualquer que seja a sua visão sobre mim não reflete na verdade quem eu sou. Será apenas mais um ponto de vista.

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